segunda-feira, 16 de abril de 2012

PENSAR UM POUCO NÃO FAZ MAL..............




UMA QUASE METÁFORA PARA COLOCAR ESTA COMUNIDADE GRAMADENSE A PENSAR SOBRE A ORIGEM DE QUE ESPÉCIE DE POVO NÓS SOMOS. 


DIZEMOS QUE GRAMADO É NOSSA MAS COM NOSSAS ATITUDES PASSIVAS, RELEGAMOS ELA A NÃO SER DE NINGUÉM...................OS APROVEITADORES QUE FAÇAM USO, DA MANEIRA QUE LHES CONVIER DAQUILO QUE ESTAMOS NEGLIGENCIANDO.


AS PESSOAS DE UMA COMUNIDADE DEVEM TER LIGA, NÃO DEVEM TER MEDO. LUTAR POR SEUS IDEAIS E PELA VERDADE QUANDO MUITOS INDÍCIOS E FATOS NOS MOSTRAM QUE AS COISAS ESTÃO ERRADAS...........AFINAL É SÓ OLHAR PARA A HISTÓRIA DE ONDE VIEMOS E O QUE CONQUISTAMOS, REAGINDO A INJUSTIÇAS.


ISSO DEVERIA PARTIR DE NOSSOS LIDERES, MAS.............SE QUEM DEVERIA QUESTIONAR ESTA PAJELANÇA QUE ESTA ACONTECENDO NÃO ESTÁ NEM INTERESSADO NO RESULTADO, POR MEDOS OU SEI LÁ O QUE, QUE VENHA DO POVO ESTA REVOLTA E QUE, SOBRETUDO, SAIBAMOS DEPOIS, NÓS DA COMUNIDADE, EM QUEM DEPOSITAMOS AS NOSSAS CONFIANÇAS.


E ESTE TEXTO VEM BEM A CALHAR PARA O MOMENTO....................

POR ARNALDO JABOR

Pois é. O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos.

Olham o escândalo na televisão e exclamam 'que horror'.

Sabem do roubo do político e falam 'que vergonha'.

Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam 'que absurdo'.

Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão e dizem 'que baixaria'.

Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto! Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'.

Do ressentimento passivo à participação ativa'.

Pois recentemente estive em Porto Alegre, onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou.

Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa.

Abriram com o Hino Nacional. Todos em pé, cantando.

Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul.

Fiquei curioso. Como seria o hino?

Começa a tocar e, para minha surpresa, todo mundo cantando a letra!

'Como a aurora precursora / do farol da divindade, / foi o vinte de setembro / o precursor da liberdade '.

Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta.

Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem.

E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito de comunidade ao qual eu, paulista, não estou acostumado.

Desde que saí de Bauru, nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'.

Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo. Aliás, você sabia que

São Paulo tem hino? Pois é... Foi então que me deu um estalo.

Sabe como é que os 'ressentimentos passivos' se transformarão em participação ativa?

De onde virá o grito de 'basta' contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil? De São Paulo é que não será.

Esse grito exige consciência coletiva, algo que há muito não existe em São Paulo. Os paulistas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção.

São Paulo é um grande campo de refugiados, sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'.

Cada um por si e o todo que se dane. E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes.

Penso que o grito - se vier - só poderá partir das comunidades que ainda têm essa 'liga'. A mesma que eu vi em Porto Alegre.

Algo me diz que mais uma vez os gaúchos é que levantarão a bandeira. Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo.

Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles. De minha parte, eu acrescentaria, ainda:

'............Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...'