terça-feira, 14 de dezembro de 2010

OUVINDO AS REFLEXÕES

Sempre persegui, durante toda a minha vida musical e artística, levar ao conhecimento das pessoas que me relaciono pelo mundo a fora, um pouco de informação do que representa a música. Não do ponto de vista ortodoxo da teoria, dos métodos de solfejo, das notações musicais, de incansáveis exercícios e de toda aquela parafernália gráfica e divisão matemática que a caracteriza enquanto objeto palpável, mas, de uma outra forma de música, aquela que aparentemente, mesmo que superficialmente, parece ser a forma mais acessível de compreensão da música, A ESCUTA.
Talvez - aos leigos, que amam ouvir uma boa música e com ela sentir um mundo de recordações, de sentimentos, de saudades, de reencontro com conceitos, de lugares e momentos vividos que se foram – quando pudermos entender alguns fundamentos físicos, mecânicos e químicos da ESCUTA e do efeito da música sobre o nosso corpo e nossas vidas, estaremos sutilmente colocando o pé no universo maravilhoso da estética, da psicologia, da terapia e do imensurável poder deste grande meio de comunicação que é a música.

Na realidade, falando bem sinceramente, não precisamos entender algumas coisas, basta escutar e se deixar levar, trazer, chorar, sorrir, voar, subir, descer, deitar, dormir, sonhar, . . . morrer talvez . . .
As reflexões que proponho abaixo, são para mim, entre tantas outras, belas viagens, fruto de leituras, de “insides”, de observações, de muita, muita ESCUTA, síntese e interpretação. Servirão para começarmos uma linda parceria, de mais reflexões, artigos e de discussões sobre este tema, que pretendo (sempre com a benção de DEUS, da Lyz Kellen e do Celso), levar até vocês, que lêem meu blog.
Senhoras e Senhores por favor APERTEM OS SINTOS E ABRAM SEUS OUVIDOS..............................

A música é feita para ser bela e para proporcionar
experiências de beleza. A beleza existe para nos dar alegria;
Se um pouco de cultura corre o risco de reforçar o desespero, mais cultura, é o remédio para este desespero. A cultura contribui para que tenhamos confiança em nossas próprias forças, e impede-nos de fugir e desistir – uma vez que tantos homens já realizaram tanto e tanto ainda falta para ser realizado;

A alegria que a música nos proporciona é a paixão a qual o espírito chega a uma perfeição maior e um sentimento agregador da capacidade do corpo humano;

Os sentimentos musicais e os sentimentos do dia-a-dia são,
de certa forma os mesmos, embora no caso da música, eles estejam
estilizados, delimitados, medidos;

A música tem uma característica forte que é a de não se sobrepor e não se opor a qualquer outra, nem de me obrigar a escolher entre uma e outra como são as religiões e as filosofias para podermos viver em sociedade por exemplo. A linguagem da comunicação e a possibilidade de interação e troca entre as músicas é completamente diversificada. A música que eu gosto não necessariamente pode ser a sua; Basicamente o que é belo para um, não é para outro e vice-versa;

Na música não existe padrão de referência, temos que valorizar todas as diferenças, de cada um e das coisas, e buscar nelas a devida lição para compormos nossos conceitos, sem preconceitos;
A escuta é um ato de recepção ativa, você precisa estar inteiramente a disposição da música. Escolha um local onde você possa escutar a música com bastante atenção, sem interferências;

TODA A ESPERA PRODUZ UMA RESPOSTA.
A QUIETUDE É A RAIZ DE TODO O MOVIMENTO.
O SILÊNCIO É A RAIZ DE TODO O SOM.
         O SILÊNCIO E A QUIETUDE SÃO ESTADOS DE ESPERA;

Todas as alegrias culturais estão relacionadas, quer tenham nascido das ciências arte ou das técnicas, daí a importância de que as pessoas se sintam, pelo menos uma vez fascinadas por uma obra prima, (musical), fascinação esta que pode se irradiar para outras obras primas, (musicais);

Devemos nos desarmar dos pré-conceitos, de modismos, de pudores e de atitudes de rejeição. Quando nos preparamos para realmente escutar uma música, temos que estar livres de todos os nossos conceitos diários;
Aspira-se a necessidade de desembaraçar a música da grande quantidade de mediocridade, falsos refinamentos e eletismos.

A idade nos permite escapar de preconceitos e, no curto espaço de tempo de ser feliz, fazer o que realmente nos agrada. É na musica que percebemos isso mais forte. Devemos ouvir o que nos atraia, o que nos agrada.

Existe um grande valor terapêutico na afirmação de que a música é um meio de comunicação se encararmos uma patologia, uma deficiência ou um trauma como uma interrupção na comunicação de um indivíduo.

FREQUENTEMENTE A MÚSICA TOMA CONTA DE MIM
COMO SE FOSSE UM MAR
 

  Um beijo e BOA MÚSICA !




Um comentário:

  1. Parabéns pelo texto, senti um vazio enorme ao acabar de lê-lo, pois vejo que aqui a muito tempo destacaram a palavra cultura na sua amplitude e implantaram apenas os festejos anuais corriqueiros...falta a veia que impulsiona toda esta gigantesca fonte de prazer e de alegria que se pode fazer e mostrar!!!

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