domingo, 30 de novembro de 2014

O CULTO QUASE MESSIÂNICO DO INDIVIDUALISMO

         

            UMA ODE A ONIPOTÊNCIA

                   Já a alguns dias me pego observando as pessoas que habitualmente, circulam sob o ângulo de visão dos meus olhos e até aquelas que nunca vejo e que desafortunadamente passam. Tristemente venho formulando algumas conclusões que me deixam, de certa forma, “mal de espírito”, como me disse alguém um dia na vida.
         Hoje é comum confundirmos pessoa, indivíduo e individualismo. Estamos marcando a nossa existência momentânea, pela supremacia do individualismo, em detrimento do altruísmo e do personalismo.

     O outro, o grupo, o próximo, o semelhante, o conjunto, o irmão, o diferente, o necessitado são colocados em segundo lugar e até descartados. O individualismo personifica e absolutiza o ter, o poder e o prazer. Os outros são descartáveis, excluídos.

        O individualismo sempre se manifesta na arbitrariedade ou na pseudo arbitrariedade que é uma atitude de PODER, de julgamento, de SUPERIORIDADE, de dominação. Na tentativa de justificar os interesses pessoais, caem as instituições, os conceitos de conjunto, o bom senso e o respeito pela verdade.

      Aquele que preza pela sua vontade, sempre, desvaloriza o bem comum, a justiça social, a compaixão. O querer mais vence o ser mais. Cresce a indiferença pelo outro. Quem cai no abismo do individualismo, torna-se insensível, cego, escravo de falsas certezas, convicções e ambições. Não se pergunta se os outros estão bem e não se interessa em ser bom para os outros. Ora cria desejos, ora os aprimora. É escravo de desejos desordenados, o coletivo passa a ser o que menos importa na busca leviana de buscar o próprio bem-estar, a auto-realização, a auto-proteção e a auto-projeção.

      Eu quero, eu sei, eu desejo, eu tenho direito, eu decido, eu mando, eu sou o mais velho, eu me basto.

          É a defesa arbitrária de direitos individuais sem compromisso ético, religioso, jurídico, social que fere e trai a VERDADE, o BEM e a JUSTIÇA.

            A auto-suficiência é a indiferença pelos outros, pelas instituições, pelas normas, num narcisismo sem limites. O auto-suficiente é folgado, agressivo, independente, onipotente e com um grande risco de tornar-se delinquente e solitário.


QUEM QUER SER O ÚNICO 
PRODUTOR DE SI MESMO 
ACABA DEGRADANDO-SE…

P.s.: E ontem eu vi que o mundo está 
mesmo virado em pessoas que acham 
que mais vale o próprio bem estar 
do que o do conjunto.........até o PAPAI NOEL 
passou a achar que pode fazer 
o que bem entende............


Pobre imaginário infantil........!