UMA ODE A ONIPOTÊNCIA
Já a
alguns dias me pego observando as pessoas que habitualmente, circulam sob o
ângulo de visão dos meus olhos e até aquelas que nunca vejo e que
desafortunadamente passam. Tristemente venho formulando algumas conclusões que
me deixam, de certa forma, “mal de
espírito”, como me disse alguém um dia na vida.
Hoje é comum confundirmos pessoa,
indivíduo e individualismo. Estamos marcando a nossa existência momentânea,
pela supremacia do individualismo, em detrimento do altruísmo e do
personalismo.
O outro, o grupo, o próximo, o
semelhante, o conjunto, o irmão, o diferente, o necessitado são colocados em
segundo lugar e até descartados. O individualismo personifica e absolutiza o
ter, o poder e o prazer. Os outros são descartáveis, excluídos.
O
individualismo sempre se manifesta na arbitrariedade ou na pseudo
arbitrariedade que é uma atitude de PODER, de julgamento, de SUPERIORIDADE, de
dominação. Na tentativa de justificar os interesses pessoais, caem as
instituições, os conceitos de conjunto, o bom senso e o respeito pela verdade.
Aquele que
preza pela sua vontade, sempre, desvaloriza o bem comum, a justiça social, a
compaixão. O “querer mais” vence o “ser mais”. Cresce a indiferença pelo
outro. Quem cai no abismo do individualismo, torna-se insensível, cego, escravo
de falsas certezas, convicções e ambições. Não se pergunta se os outros estão
bem e não se interessa em ser bom para os outros. Ora cria desejos, ora os aprimora.
É escravo de desejos desordenados, o coletivo passa a ser o que menos importa na
busca leviana de buscar o próprio bem-estar, a auto-realização, a auto-proteção
e a auto-projeção.
Eu quero, eu
sei, eu desejo, eu tenho direito, eu decido, eu mando, eu sou o mais velho, eu
me basto.
É a defesa arbitrária de direitos
individuais sem compromisso ético, religioso, jurídico, social que fere e trai
a VERDADE, o BEM e a JUSTIÇA.
A
auto-suficiência é a indiferença pelos outros, pelas
instituições, pelas normas, num narcisismo sem limites. O auto-suficiente é folgado,
agressivo, independente, onipotente e com um grande risco de tornar-se delinquente
e solitário.
QUEM
QUER SER O ÚNICO
PRODUTOR DE SI MESMO
ACABA DEGRADANDO-SE…
mesmo virado em pessoas que acham
que mais vale o próprio bem estar
do que o do conjunto.........até o PAPAI NOEL
passou a achar que pode fazer
o que bem entende............
Pobre imaginário infantil........!