quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O TEMPO DE CAIR DO PÉ………….


UMA REFLEXÃO IN SOBRE A MATURIDADE

No auge dos meus 40 e alguma coisa, me peguei lendo, “en passant”, Franz Kafka, um escritor Checo que nasceu em Praga e que viveu no final do anos de 1800, início de 1900……(pausa para pensar)……..Morreu com mais ou menos a minha idade……ou melhor…….EXATAMENTE COM A MINHA IDADE.…..Pois é…….são aquelas coincidências inusitadas, que te fazem pensar e que inadvertidamente porém discretamente tem o simples intúito de nos colocar em rota de colisão com velhas convenções ultrapassadas e que insistimos em trazer para a nossa contemporaneidade……………..Minha leitura, pelos sinais que se apresentam é a sedguinte:…….é chegada a hora de morrer com estas convenções e renascer com outras que são condizentes com o momento da vida que estou vivendo……..


          Pois bem, ele diz em uma das suas passagens, que se nos colocarmos tranquilos, silenciosos, solitários e em pensamento, muitas vezes aliados a contemplação, o mundo a nossa volta se abrirá em êxtase bem abaixo dos nossos pés e se revelará sem nenhuma máscara bem na frente dos nossos olhos………….
         Nessa hora veio a estratégica pausa dramática, um leve levantar de cabeça e o olhar fixo em qualquer objeto que neurologicamente o meu cérebro não está registrando. Uma ação cênica que faz com que a platéia “suba” no palco com você e fiquem completamente pendurados pelo momento, esperando pela sua conclusão…………..


            É……(mão no queixo)……a conclusão……(mão segue no queixo e olhando para cima)…….Minha conclusão, é que todas as situações complicadas que criamos na nossa vida, a popular saia justa…….    situação complicada, não no sentido de tragédia ou desgraça, porque muitas vezes estas são fatalidades do destino que não dominamos     ……….convergem da incapacidade de ficarmos sozinhos com nós mesmos, alinhando as situações, pensando antes de dizer, pensando novamente antes de agir e olhando para objetos que o cérebro não está registrando…….. (justamente porque está ocupado com parâmetros), ……….em algum momento do nosso caminho rumo ao amadurecimento………     não o amadurecimento aquele da escala cronológica da vida  ……….falo do amadurecimento mental, espiritual, aquele que nos coloca mais atentos, mais caridosos, mais carinhosos, mais fraternais, mais compreensivos e sensíveis e que as vezes, muitos e nós mortais não alcança, apesar da idade, cronológica, avançada 
         A cronologia da vida segue o seu curso normal nos tornando mais velhos, inevitavelmente, mas nem sempre mais maduros. Essa é a questão……………Nossa alma é um abismo gigante e provavelmente infinito que só mesmo uma adesão controlada ao infinito, buscada no silêncio e na quietude,  pode nos dar a garantia de preenchê-la a ponto de mudarmos o rumo das coisas………é isso………uma sugestão, para mim mesmo e para quem se sentir a vontade, é realmente encontrarmos dentro de nós mesmos, através da quietude e do silêncio a força, o amor a nós mesmos e ao próximo, a produtividade e a felicidade, que passamos a vida inteira tentando encontrar nas outras pessoas e nas outras coisas…………Lembrem de uma coisa só…………O SOM NASCE DO SILÊNCIO E O MOVIMENTO DA QUIETUDE…………..É por aí mesmo………

6 comentários:

  1. Aquietar-se como é necessário e como é difícil...nossas respostas estão sempre dentro de nós mas porque raios procuramos sempre fora?

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  2. Sensacional o texto, jamais descreveria tão bem o que se passa dentro de mim, também. O silêncio e a quietude nos traz todas as respostas. Mas uma coisa eu aprendi nisto tudo, temos que deixar os "mestres" nos levarem, não devemos tomar atitudes e decisões movidos por fortes emoções. Devemos aguardar os sinais... a luz...no caminho. Bom dia!!!

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  3. Aquietar a mente (que, muuuuitas vezes, mente!!!) para que o coração, o responsável pelos verdadeiros sentimentos, possa SER.

    Adorei o tema, hehehe... belo texto, Rodrigão!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Realmente! Isso tudo só a maturidade nos traz. Aprendemos a ser mais observadores e esperar o momento certo de agir e de falar. Aprendemos a nos conhecer e escutar a nós mesmos.Por isso nos tornamos pessoas melhores e mais tranquilas! Gostei muito deste texto Rodrigo!Bjus... Beth

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  6. Depende... depende... Às vezes a quietude, a contemplação está justamente no outro, nos outros, que nos mostram o tempo todo a existência do amor a nós mesmos, a felicidade de poder compartilhar emoções, dar e receber afeto... E ainda tem a saudade...

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